As bailarinas dançaram o quebra-nozes
Em cima dos corpos imóveis
Mas tristes, desistiram
Quando o silêncio persistiu, incólume
A torturar-lhes a vaidade
E o sonho que elas tinham
De expor toda a beleza
Foi levado pelo vento
Junto às suas convicções
Tornaram-se putas baratas
Dançarinas de bórdeis
O que elas ignoravam, decerto,
É que é impossível ser aplaudido num mundo deserto
E as lágrimas devidas
A mais bela das coreografias
Simplesmente, não vieram à tona
Porque os mortos não choram.
Dedicado à Ana, minha, agora, bailarina favorita.
Um comentário:
muito boa poesia :D
meus parabéns!
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