Dos tempos dos homens modernos
que só sabem o seu final
Num mundo de caminhos abertos
Da linha tênue entre o bem e o mal
Daqueles de olhos tristes
Que enchem os lábios com cânticos
Da geração que não vive, existe;
Eu lhes apresento o realismo-romântico
Do futuro cheio de saudades
De lembranças doces da infância
Dos sonhos e metas por alcançar
Os homens que comem esperança
Talvez o melhor que há
pra não se afogar em pleno mar furioso
Cavar bem devagar com a pá
Em busca de ouro ou osso
Dos céticos que pedem perdão a Deus
Da inveja da vida de um simples plebeu
Da consciência de mundo
Adquirida em poucos segundos
Dos anos perdidos sem sair do lugar
E das lágrimas iluminadas pelo luar
Das religiões construídas com budas e santos
Me corta o coração observar o realismo-romântico.
Os óculos escuros talvez sejam os culpados de tudo.
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