Já são mais de meia-noite
Eu ainda não dormi
Hoje já é amanhã
Apesar de hoje ser o que eu já vivi
E tudo se entralaça
Numa espiral confusa
Que transpassa e ofusca
O brilho fúnebre da lua
Eu deito no meu leito
Observando os répteis que se mexem
Na parede do meu quarto
São mais rápidos que o tempo
E se cruzam e cruzam no teto
Dando vida a mais segundos
No meio disso tudo
Numa completa idiossincrasia
Eu encho a boca pra dizer
Com toda a hipocrisia que me permito ter
Ahh, a vida!
Quisera eu tê-la vivido
No dia de ontem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário