sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Meia-noite

Já são mais de meia-noite
Eu ainda não dormi
Hoje já é amanhã
Apesar de hoje ser o que eu já vivi
E tudo se entralaça
Numa espiral confusa
Que transpassa e ofusca
O brilho fúnebre da lua

Eu deito no meu leito
Observando os répteis que se mexem
Na parede do meu quarto
São mais rápidos que o tempo
E se cruzam e cruzam no teto
Dando vida a mais segundos

No meio disso tudo
Numa completa idiossincrasia
Eu encho a boca pra dizer
Com toda a hipocrisia que me permito ter
Ahh, a vida!
Quisera eu tê-la vivido
No dia de ontem.

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