terça-feira, 9 de novembro de 2010

Entre mentes

Eu estava caminhando pela floresta
Quando avistei uma linda moça, meiga e terna
Descendo em minha direção
Direto do topo da montanha

Ela era loura, dos olhos azuis
Convidou-me para tomar um café
Na lanchonete que havia ali perto
Do lado do prédio em chamas

De costas, senti que ela me olhava de um jeito estranho
Me senti ameaçado e a esmurrei
Com socos e pontapés
Até que ela se levantou, com as faces cheias de sangue
E ordenou o menu ao garçom vestido de palhaço
Pediu uma torta e uma marionete
Disse que sentia falta de brincar
Eu pedi alguns confetes
Para o caso do Carnaval chegar

O palhaço então foi a cozinha e avisou
Que ali não se vendia tortilhas ou outras comidas
Apenas abraços e camisinhas

O nariz dela ainda sangrava
Achei-a atraente e até decente
Por rejeitar fazer sexo comigo naquele momento

O palhaço então chamou o gerente
Um vampiro alto e imponente
Que disse que teríamos que ir ao zoológico
Se não fossemos nos servir ali

Lembrei-me de um lugar cheio de animais
E a moça insistiu em me acompanhar
Chegando ao tal lugar
Acariciei suas faces
Minhas mãos estavam cheias de sangue, agora
De repente, o Leão solto no parque
Pulou e arrancou meu braço
Com uma só mordida e se foi para sempre

A garota ria e eu também
Amém! assim o sangue corre em todos nós
Dei a ela uma nota de 30 reais
Ela usou para limpar o nariz
E jogou para os pomborcegoa que viviam ali
Eles a devoraram com voracidade
Entremente eu pensava
Que tarde maravilhosa!

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